terça-feira, outubro 30, 2007

Absolutamente Magnífico

O novo filme de Ridley Scott (Blade Runner) é simplesmente arrebatador. A fotografia, a banda sonora, a direcção e casting de actores, os valores de produção (especialmente design de produção), o guarda roupa, etc. Podiamos ficar aqui até ao fim das nossas vidas para descrever o quão bom é American Gangster! Há imenso tempo que não viamos um filme americano assim.

domingo, outubro 28, 2007

Ne Le Dis a Personne

Chama-se Ne Le Dis a Personne e é um dos candidatos do Palhacinho a filme do ano, apesar de ter estreado em Portugal com 1 ano de atraso. Este é o segundo filme de Guillaume Canet e foi a bomba atómica do cinema francês em 2006, abarbatando 4 Cesars e arrebatando a crítica francesa, sempre muito selectiva. A história que conta? Bem, essa nós...Não diremos a ninguém!!!

sábado, outubro 27, 2007

2009: O Ano da Revolução (parte 1)

Passaram 10 anos desde Titanic, o último filme de James Cameron, que parecia ter se rendido de vez aos documentários e ao desenvolvimento de novas tecnologias para o celulóide, nomeadamente na área do cinema digital. Para terem ideia, a companhia de Cameron foi responsável pelo desenvolvimento das camaras digitais utilizadas nos ultimos Star Wars, e nos documentários á volta do naufrágio de Titanic, sem as quais não seria possível captar imagens a tanta profundidade e com tal definição.
Então durante estes 10 anos, o que andou o Homem a engendrar? Rezam as crónicas, que durante a edição do festival de Cannes em 2004, com a estreia a concurso de Ghost in The Shell: Innocence, Mamoru Oshii, amigo e "afilhado cinematográfico" de Cameron, reuniu-se com o seu padrinho americano para uma sessão de auto-bajulação (oh! gosto tanto dos teus filmes...e eu também dos teus!). Deste encontro, deu-se uma partilha de ideias e conceitos, e o encorajamento de Oshii para que J.C. (não confundir com Jesus Cristo) regressa-se ao grande ecrã, tendo inclusivé dado de bandeja o seu sonho - transpor para imagem real o Manga de Yukito Kishiro - Battle Angel. O desafio foi aceite e Battle Angel está já em pré-produção, com estreia agendada para 2009.
Mas o senhor não se resignou a ficar por aqui, tendo finalmente decidido levar para o cinema um projecto á muito guardado na gaveta, devido ao facto da evolução das novas tecnologias não ter ainda chegado ao ponto certo. Pois bem, estamos em 2007 e Avatar, o novo filme de James Cameron está neste preciso momento a ser rodado. O novo trabalho de James Cameron, está a causar perplexidade na comunidade, devido ao método de produção, tamanha a tecnologia que está a ser empregue no filme. Os boatos que correm revelam que o novo sistema de filmar do realizador é tão moderno que capta o movimento dos actores em live-action e transforma-os imediatamente em seres tridimensionais, sem necessidade de pós-produção.
O actor Joel David Moore revelou que as filmagens da longa metragem vão durar um ano (a duração média da rodagem de um filme é de 6 meses) e é um trabalho único. O actor refere "Li o guião e pensei que fosse um filme de ficção científica comum. Mas o que estamos a fazer é inovador e renovador em todos os aspectos. No ponto de vista tecnológico, isto fará história. As pessoas com quem estou a trabalhar estão a comparar o filme com a invenção da TV a cores".

O elenco do filme conta com Sigourney Weaver (Alien), Wes Studi, Peter Mensah (Mar de Chamas), CCH Pounder (da série 'The Shield'), Laz Alonso, Michael Biehn, Zoe Saldana (Piratas das Caraibas), Michelle Rodriguez e Stephen Lang.
Avatar é um épico de ficção científica e vai só vai estrear no Verão de 2009. A grande originalidade é que esta longa-metragem será totalmente filmada num novo formato digital a três dimensões, para ser visto também nesse formato nas salas de cinema. O valor estipulado para o orçamento é de 400 milhões de dolares.

O jornal britânico The Independent refere: "This kind of excitement is unusual for something that isn't a sequel and isn't based on an existing property -- Avatar is an original science fiction adventure created by Cameron more than a decade ago. The script has been featured on British magazine Empire's list of the 12 greatest unproduced scripts in Hollywood"

quinta-feira, outubro 25, 2007

Depois dos Enésimos CSI

A NBC anuncia Heroes: Genesis, a Fox vai e avança com Prison Break: Cherry Hill. Este potencial spin-off tratará, à primeira vista, dos mesmos assuntos da série original, no entanto, desta feita, as coisas passam-se numa prisão para mulheres. A personagem principal já tem o nome escolhido, Molly, e ser-nos-á dada a conhecer lá mais para a frente, na terceira temporada de Prison Break.

in Deuxieme

quarta-feira, outubro 24, 2007

Do Fundo do Baú

Quem é o gajo mais conhecido em Hollywood como a "maquina de fazer dinheiro" ? Quem é? Vá lá digam lá? Pronto se vocês não dizem, dizemos nós! É um senhor chamado Jerry Bruckheimer, que para quem desconhece é o produtor responsável pelos Piratas das Caraíbas, de todos os CSI's, e por um filmezeco que vem aí chamado Prince of Persia: Sands of Time, e de muitos mais que de certeza já viram. Se tudo isto já não era suficiente, eis que o homem anúncia que vai produzir a versão cinematográfica de imagem real dos Thundercats e também o filme desse personagem mítico chamado...tchan tchan tchan tchan!!! O Mascarilha! Quem não se lembra do Mascarilha e o seu amiguinho indio Tonto? Muito podre.

PS- E sim não nos poupamos a esforços para encontrar a imagem mais "bonita" do casalinho!

Dante 1.0 de Marc Caro

Marc Caro é um verdadeiro homem do renascimento, especialista nos mais variados ofícios, essenciais para a realização e produção de um filme. O argumentista (Delicatessen) , realizador (La Cité des enfants perdus), actor (Dobermann), director de arte (Alien 4), o animador de CG (Vidocq), editor de som e designer de produção (La Cité des enfants perdus); o homem já fez de tudo e pode se dizer que domino grande parte, se não todos, os ofícios acima descritos.

Com Dante 1.0, Caro regressa á cadeira do realizador, após 12 anos de outros ofícios igualmente ligados á meca do cinema. Este último filme do realizador promete ser visualmente deslumbrante, ou não fosse ele o responsável pelo look de Vidocq e La Cité des Enfants Perdus, conta uma história sci-fi, daquelas como já não se fazem.

No espaço profundo, nos confins da galáxia, um novo prisioneiro chega ao hospital psiquiátrico Dante 1.0. Este prisioneiro é o único sobrevivente de um encontro com uma força alienígena inimaginável...O resto será para descobrir.

A história parece simples, mas o cinema de Caro nunca foi de leitura fácil e directa, ao contrário do seu eterno parceiro no crime Jean Pierre Jeneut (O Fabuloso Destino de Amelie, Alien 4), com quem co-realizou o já anteriourmente referido "A Cidade das Crianças Perdidas".

quarta-feira, outubro 17, 2007

O regresso de "A" Gaja

Estamos muito contentes! Foi editado ontem o segundo album a solo da fabulosa Roisin Murphy, vocalista dos Moloko. Depois do triunfo que foi a sua colaboração com o mago Mathew Herbert, no primeiro album da cantora - Ruby Blue, Roisin regressa agora com Overpowered, um disco contagiante do principio ao fim, bastante mais acessivel do que o anteriour. A produção dos temas foi desenvolvida pela própria e por um fantástico naipe de produtores, se não vejamos: Andy Cato (Groove Armada), Jimmy Douglass (engenheiro de som de Timbaland, Rolling Stones e Missy Elliot), Mark Brydon (Moloko) e Richard X (Sugababes e Kelis).
Overpowered, segundo a crítica, é um all-killer-no-filler-electro-disco gem, ou seja traduzindo é um disco absolutamente frenético do princípio ao fim, imprevisível, com melodias orelhudas e produção fantástica. A crítica da BBC não deixa quaisquer dúvidas - "the best grown-up dance-pop album since Madonna's Ray of Light. Yep - that good. I hope Ireland doesn't get too offended if Britain comes to its senses and recognises Roisin Murphy as a National Treasure. No one makes music quite like her." O palhacinho anda agarrado ao disco e não larga.

terça-feira, outubro 16, 2007

O Julgamento será Julgado

É verdade! É muito raro falarmos aqui de cinema português, as razões poderiam ser as mais variadas e são na verdade subejamente conhecidas por todos. Críptico este último parágrafo não? Na realidade aquilo que assumidamente poderemos apontar como defeito do cinema lusitano, é a sua excessiva teatralidade e a falta de bons argumentos, salvo raras excepções (Os Imortais) e o seu afastamento face ao espectador.

Leonel Vieira é um dos poucos realizadores que aposta num cinema para o grande público, acessível, mas que em obras anterioures tem falhado redondamente, recordemos (ou não!) o desastre que foi A Bomba (2001).

O Julgamento será a sua sexta longa-metragem e apresenta-nos um thriller centrado em três velhos amigos que reencontram alguém que acreditam ser um antigo agente da PIDE responsável pela morte e tortura de um antigo companheiro nos anos 70. É vos familiar? A nós sim! Efectivamente, recuando ao ano de 1994, Roman Polanski realizou um filme chamado Death and the Maiden, adaptado da peça homónima de Ariel Dorfman, que contava a história de Paulina, uma mulher que após a queda da ditadura identifica pela voz o homem que a torturou e a violou, quando ela fazia militância política. Paulina decide então "julgá-lo", apesar dos protestos do marido, que considera sua atitude precipitada além do facto do acusado alegar inocência.

Não temos nada contra o facto do filme de Vieira ser um remake do filme de Polanski, que por bom sinal até o adapta á realidade hístórica portuguesa, muitos foram já os filmes que foram alvo de um remake em Hollywood (lembremos o premiado The Departed, remake do filme de Hong Kong Infernal Affairs). O que nos deixa com a pulga atrás da orelha é o não assumir o que é evidente, fazendo com que o fantasma de plágio paire sobre a obra.

No Internet Movie Data Base temos então:


Writing credits(in alphabetical order)
Izaías Almada (ideia)
Vicente Alves do Ó (argumento)
João Nunes (argumento)

Perante isto procede-se ao acto de julgar!

segunda-feira, outubro 15, 2007

R.I.P. Premiere

Foi com alguma surpresa que os cinéfilos portugueses tomaram conhecimento do último número da revista de cinema Premiere. A única revista de e sobre cinema em portugal fechou este mês as suas portas lançando o seu último número numa altura em que, segundo o seu director, se tinha atingido estabilidade com novos contratos publicitários, tendo sido um balde de água fria para a equipa que compõem a publicação. Apesar do acontecimento fatídico nem tudo é mau, uma vez que se mantém activo e online o blog, engenhosamente intitulado Deuxieme.
Sobre um novo projecto, eís o que os responsáveis têm a dizer:

"esse é objectivo de todos nós. As movimentações sucedem-se a cada dia que passa mas, para já, as coisas estão muito parecidas com o dia de ontem. Os contactos têm mostrado algumas portas, umas mais fáceis de abrir do que outras, no entanto, nada de novo surgiu. Pelos comentários aqui deixados, uma coisa é certa, existe lugar para uma revista de cinema no mercado. Que revista? Que projecto? Terá ele multi-plataformas? Sobre isso, ainda nada sabemos. Quando houver novidades, este blog será ainda mais eficaz do que a agência Lusa."

quarta-feira, outubro 10, 2007

SUKIYAKI WESTERN DJANGO

Já por aqui fizemos referência a uma das ultimas obras do mestre Takashi Miike (sim! "uma das últimas", porque o homem tem uma média de 4 filmes por ano, fora uma série para tv) que tem recebido criticas bastante positivas. Sukiyaki Western Django é apadrinhado pelo seu fã nº.1 aka Quentin Tarantino, o qual também faz uma perninha na fita, e é uma espécie de wetern spaghetti japonês, mas falado em inglês por actores japoneses que não sabem falar inglês. Confusos? Também nós! Nada de mais para aqueles que já estão habituados ao cinema psicótico-alucinado de Miike.
O filme foi totalmente rodado no japão, tendo o realizador (vá-se lá saber porquê) insistido que o filme fosse falado em inglês. Ora se vos dissermos que a maioria dos actores, que entram no filme, não sabem falar a dita lingua o caos estaria instalado, mas nada que um realizador prolífico e desenrascado como Miike não conseguisse resolver. O argumento foi escrito num inglês fonético (em português seria "Áu áre iu mai meite") de modo a facilitar o trabalho e evitar de ter de se mandar os actores todos para a escolinha. O resultado poderia ter sido desastroso, mas o facto é que não é, este é um dos melhores filmes do autor de Audiction desde o seu muito afamado Ichi The Killer. É um filme de um humor corrosivo, espertalhão, brutalmente violento e intencionalmente kitch.

É um filme que foi feito de propósito para ser uma obra de culto, e que surprendentemte o consegue ser a todos os niveis. Só não o tentem ver sem legendas, porque o pessoal aqui fala em inglês com sotaque nipónico, o que se torna um verdadeiro inferno descodificar o que eles dizem. O Trailer anda por aqui.

terça-feira, outubro 09, 2007

Esteta Impar no Reino dos Beats & Bits

Anders Trentemoller é um dos mais conceituados estetas musicais da ultima década, a par com Mathew Herbert. Escultor de melodias finas e batidas crocantes, Trentemoller lançou este ano o seu álbum de estreia que mostra a real amplitude do seu gosto musical. The Last Resort é absolutamente genial, trazendo influências dub, downtempo e neo-folk, sobretudo para ouvir em casa. Brilhante!

segunda-feira, outubro 08, 2007

Kevin Bacon becomes Charles Bronson

A lei do talião é uma das temáticas mais antigas da história do cinema. Escreve-se com inicial minúscula, pois não se trata, como muitos pensam, de nome próprio. Encerra a idéia de correspondência de correlação e semelhança entre o mal causado a alguém e o castigo imposto a quem o causou: para tal crime, tal e qual pena. Está no Direito hebraico o criminoso é punido taliter, ou seja, talmente, de maneira igual ao dano causado a outrem. São várias as obras de referência sobre o tema da vingança, mas poucas são aquelas dignas de receber menções honrosas, lembra-mos aqui a trilogia magnifica de Chan Park Wook (Sympathy for Mr. Vengeance, Oldboy e Lady Vengeance). A presente temática ganhou uma dimensão relevante durante os anos 70 nos E.U.A., um pouco devido á história vivida naquele país, ao crescendo da violência em cidades como Nova Iorque etc. Filmes como Death Wish (1974) que viria a revitalizar a carreira de Charles Bronson, mais conhecido em Portugal como O Justiceiro da Noite e as suas infindáveis sequelas, punham a tónica do herói no Homem normal, frágil, com defeitos, moralmente duvidoso, algo que até então nunca tinha existido no cinema americano. A marca dos anos 70 no cinema americano, é uma ruptura com as convenções da altura, com o facto de se estar a viver uma guerra que viria a ser perdida, e com o facto da meca do cinema, através de pequenos filmes (Massacre no Texas, The Hills Have Eyes), ter necessidade de mostrar a violência tal qual como ela é - fria - e nunca glorificada.
Anos mais tarde o ciclo retoma-se com a estreia de Saw, e o então pequeno estudio Lions Gate a posta num realizador desconhecido James Wan, e num filme de extrema violência gráfica. Novamente as portas abrem-se para filmes politicamente incorrectos, como Hostel, remakes de Texas Chainsaw Massacre e afins.

James Wan realiza assim o primeiro Saw, que temos que reconhecer é um bom thriller dentro do género, como não viamos á muito, e depois de um desastroso Dead Silence regressa agora com este Death Sentence, que é nada mais nada menos do que um remake do filme Death Wish com Charles Bronson. O trailer é muito forte e poderá ser uma surpresa!



Southland Tales - O Trailer

Já aqui falamos do novo filme de Richard Kelly que estará prestes a estrear no EUA. Depois de um screening desastroso na edição deste ano do festival de Cannes, o autor de Donnie Darko remontou e editou novamente o filme na tentativa de colmatar/evitar um possivel desastre. O trailer já anda a circular e podem velo aqui...medo!!!