segunda-feira, setembro 29, 2008

É Hoje!

São 50 minutos de música conceptualizada, criada, gravada e lapidada em Campo de Ourique, Notting Hill, Maianga, Hackney Wick, Terra Nova–Rangel, Denmark Street, Vendas Novas, restaurantes, aeroportos, auto-estradas, hotéis e camarins, entre Junho de 2007 a Agosto de 2008, com acesso ao que de melhor a tecnologia digital produz mas sem nunca deixar de recorrer ao improviso técnico. Pensar num álbum que olhasse e tratasse todas as cidades sobre o mesmo prisma foi a motivação primária dos Buraka Som Sistema. Encontrar histórias e ritmos similares, filtrando-as esteticamente para que fossem consumidas em e com o público. Aqui ou em qualquer outra cidade.
A primeira amostra do disco chegou via Web - o site musical Pitchfork Media estreou o vídeo do single "Sound of Kuduro", que conta com as participações vocais de vários mc's: a britânica M.I.A, habituada a navegar por sonoridades marginais; os angolanos Puto Prata, Saborosa e Dj Znobia, um dos arquitectos do novo Kuduro. O vídeo, filmado em Luanda, serviu como introdução ao universo Kuduro. As reacções não se fizeram esperar e as críticas favoráveis colhidas na blogosfera transformaram-no num acontecimento virtual.
Geograficamente, nos 12 temas apresentados em "Black Diamond", os Buraka Som Sistema conduzem-nos até Londres, onde os Virus Syndicate nos convidam para dentro das graves e ásperas sonoridades do dubstep. Fazendo-nos sentir como se estivéssemos na Luanda de Bruno M, com seu flow inconfundível e que em 4 minutos faz a ponte com a Cidade de Deus, onde Deize Tigrona, uma das vozes maiores do Baile Funk, nos coloca no coração da favela e reaproxima o Rio de Janeiro a Lisboa, no verbo e nos gestos. A todos os que já percorreram a IC19 e que perante a imensidão de prédios se questionaram sobre como vivem, sonham e se divertem os que ali habitam, Pongolove, a jovem MC angolana (que emigrou para Amadora com a família), responde com “Kalemba (wegue wegue)".
É disto que é feito este diamante negro: de lugares e das pessoas que neles circulam; de linhas de baixo capazes de fazer estremecer edifícios; de construções rítmicas energéticas, dignas de destaque em qualquer dance-floor (xunga ou trendy) e da capacidade de produzir e organizar todos estes elementos de forma a que façam um sentido imediatamente sentido. Deixemos então, que se consuma AGORA!

sexta-feira, setembro 19, 2008

Riki Takeuchi "O" Máióór!

O actor japonês de culto da semana é Riki Takeuchi, sobejamente conhecido pelos fãs de cinema japonês série B-Z, o que é preciso é terem imaginação pois o senhor já fez de tudo um pouco, de onde se destacam os muitos conceituados Battle Royale II e trilogia Dead or Alive. Riki, para os amigos, é uma espécie de cruzamento entre um Steven Seagal, Chuck Norris e Humphrey Bogart com esteróides. A sua imagem de marca é sem dúvida o cabelo, mais propriamente a sua eterna popa á Elvis, e o seu delicioso over acting (canastrating, segundo Lauro Dérmio), que fazem dele um actor de culto. Para simplificar, digamos que se quiserem fazer uma adaptação de um Manga para imagem real, é obrigatório terem no elenco Riki Takeuchi.


No entanto, Riki Takeuchi é daqueles homens que não pode estar quieto (olha que ás vezes faz bem!), e resolveu ser também o David Hasselhoff da música no japão. Pela vossa saúde vejam o vídeo!

quarta-feira, setembro 17, 2008

Adorem-me Porque Eu Gosto!

Falemos hoje sobre a Rainha da Pop! Madonna sempre foi para nós aquilo que chamamos de um verdadeiro guilty pleasure. Sim! É verdade a senhora não possui dotes vocais sobre humanos. Sim! É verdade e é sabido que desde sempre os seus concertos eram feitos 80% em playback. E foram estes alguns dos comentários que foram feitos á saida do concerto do parque da Bela Vista, mas caros leitores a realidade é esta - niguém que conheça o percurso da artista se incomoda com isso, pois já sabe ao que vai. E vamos então a um concerto de Madonna porquê? Unica e simplesmente para nos deixarmos deslumbrar durante duas horas, para assistirmos a um espectáculo e não a um concerto, para vermos uma verdadeira mestre de cerimónias maior que o mundo, para vermos de perto (nem que seja a umas dezenas de metros) uma das últimas Divas vivas e que se podem denominar como tal.
Madonna sempre foi uma observadora nata das correntes musicais, e sempre se soube aproveitar daquilo que era ou foi vanguarda e transportar isso para o mainstream da Pop. O espectáculo da Bela Vista foi imaculado do ponto de vista técnico, onde a senhora prova que 50 anos não querem dizer absolutamente nada, quando se entra em palco a saltar á corda, dançar e novamente saltar á corda com mais duas pessoas ao mesmo tempo, sem nunca perder um compasso ou coreografia.
Das 73 mil pessoas que estiveram no espectáculo, algumas vieram desiludidas por se sentirem enganadas pelo playback, a essas pessoas nós dizemos - deviam sair mais! Nota máxima por continuar a deslumbrar e pelos conhecimentos sábios em como gerir uma carreira sólida.

sábado, setembro 13, 2008

É Verdade Fomos De Férias

Fomos de férias já há algum termpo e regressamos em breve, pelo menos assim esperamos!

quarta-feira, setembro 03, 2008

The Sparrow

Se pensarmos nos cineastas mais influentes da nova vaga do cinema de Hong Kong, Johnny To encabeça a lista sem sombra de dúvida. O final dos anos 90 trouxe uma nova lufada de ar fresco ao cinema de HK, com obras como Infernal Affairs, no entanto a promessa de realizadores como Alan Mak e Andrew Lau, viriam a tornar-se meras promessas, se pensarmos nos desastres que foram The Flock e afins.


Johnny To é definitivamente o autor que não tem deixado de surprender, com os seus inventivos filmes e técnica de rodar, disso são exemplo o magistral Exiled e Breaking News. O realizador tem sabido gerir a sua carreira de forma eficaz, mudando de género em cada filme, mas deixando sempre impresso as suas imagens de marca. O filme Sparrow é um perfeito exemplo disso, é uma comédia romântica ao estilo do cinema americano dos anos 50, mas é também uma autêntica carta de amor a Hong Kong. O filme está a concurso na Berlinale (Festival de Cinema de Berlim) e é um dos fortes candidatos ao urso de ouro.
Para o futuro, e como realizador hiperactivo que é, Johnny To tem um mega projecto em mãos, o remake da obra prima de Jean Pierre Melville - Le Cercle Rouge. Tem a produção de John Woo, sendo assumidamente o filme da sua vida, e conta com um elenco internacional encabeçado por Brad Pitt. Vénia ao mestre...Vénia!

terça-feira, setembro 02, 2008

Cooming Soon

Depois de aqui há umas semanas vos termos falado dos projectos do senhor Robert Rodriguez (Sin City, Planet Terror), eis que são divulgados os posters do filme Machete. Se bem se lembram, e para aqueles que viram Grindhouse, um dos falsos trailers que aparecia era o de Machete, que obteve tal reacção do público, que os produtores e realizador decidiram fazer do trailer um filme. Pois bem, Machete é realizado pelo próprio Robert Rodriguez e tem como cabeça de cartaz o emblemático Danny Trejo.
Graças ás novas tecnologias do cinema digital, o filme será lançado directamente para video, e funciona como um reboçado para os fãs do double feature de Rodriguez e Tarantino. É o regresso do cinema trash em grande (ou será em pequeno?).

Comboio em Fuga

Se existisse uma categoria com o nome de "filmes do c****" (desculpem o vernáculo), este seria "O" filme a ter em conta. Comboio em Fuga data de 1985 e realiazado por Andrei Konchalovsky, e teve duas nomeações para os Oscares para melhor actor (John Voigt) e melhor actor secundário (Eric Roberts).
A incendiar os carris a mais de 200 quilómetros por hora, Comboio em Fuga é um filme com cenas de acção arrepiantes e com representações fabulosas. Recheado de acção, suspense e com um "poderoso climax que vos vai deixar de rastos, o filme é um "intenso... arrebatador... poderoso" (Roger Ebert) exercício de suspense. Relata a história de Manny um condenado, preso numa remota prisão no Alasca, que juntamente com Buck, tenta uma arriscada fuga. Ambos embarcam num comboio a alta velocidade que os irá conduzir á liberdade, mas tudo se complica quando o maquinista morre de ataque cardíaco, e os dois fugitivos se vêm presos numa armadilha, sozinhos e sem escape possível do comboio.

Andrei Konchalovsky consegue arquitectar um dos mais espectaculares exercícios de suspense e acção de sempre, indo rapidamente directo ao assunto, sem deixar espaço ao espectador para respirar. É daqueles filmes obrigatórios, um fabuloso série B, que viria a ser o pai de muitas obras no futuro (lembram-se de Speed?).
Nós sabemos que há muito boa gente que torce o nariz a tudo o que é filme "mais antigo", mas nós garantimo-vos que vão ficar convencidos e substancialmente satisfeitos. Apertem o sinto, pois esperavos um grnade filme.