quinta-feira, março 11, 2010

A Cross The Universe (2009)

Bem...como é que vamos fazer isto! Pela primeira vez estamos um bocado sem "piu"! É não sabermos o que vamos escrever, pondo em palavras a "psicose" e a delinquência que é Across The Universe! Mas vamos lá por partes porque ainda ninguém percebeu sobre o que é que estamos a escrever.
Em primeiro lugar os Justice são um duo francês de música electrónica, sendo também o porta estandarte do som da Ed Banger (editora que os lançou) e os percurssores do novo french sound. O som dos Justice é inconfundivel, não havendo provavelmente ninguém que ainda não tenha ouvido o single D.A.N.C.E. do seu primeiro e único album - Cross.
Pois bem, "Justice A Cross The Universe" é o documentário da digressão por terras do tio Sam; e caros leitores ou os rapazinhos não batem bem ou isto é tudo uma encenação a la Andy Kaufman. Passamos a explicar da forma mais directa que sabemos: 1º assim que chegam aos EUA a primeira coisa que o tour manager da banda faz é comprar uma arma; 2º os Justice andam sempre alterados por consumos etílicos ou tóxicos; 3º entre os concertos as festas são constantes e a destruição é massissa por onde passam; 4º arranjam tempo para estarem com o vocalista dos Red Hot Chili Peppers e cantam-lhe o Under the Bridge de forma péssima deixando-o atónito; 5º regam as groupies com vodka e chegam a puxar-lhes fogo (sim! aqui não há cá encenação it's all true); 6º partem garrafas na cabeça de fãs agressivos e 7º o documentário acaba com a banda e o tour manager a irem presos por agressão e vandalismo.
Caros leitores estas palavras bastam para perceberem que acabamos de abrir uma nova secção aqui no palhacinho - "Documentário do C*****". È brutal do princípio ao fim, não só para os fãs dos Justice (como nós), mas também para quem não sabe nada da banda, pois esta pérola vale por si. E mesmo que não tivessemos gostado iriamos sem dúvida alguma dizer bem do filme, com medo que eles apareçam por aí para nos dar porrada ;-)

sexta-feira, março 05, 2010

Edge Of Darkness (2010)

Thomas Craven (Mel Gibson) é um veterano da Brigada de Homicídios da Polícia de Boston, e pai solteiro. Quando Emma (Bojana Novakovic), a sua única filha, de 24 anos, é assassinada nas escadas da sua casa, toda a gente assume que era ele o alvo a abater. Mas Thomas rapidamente suspeita do contrário, embarcando na missão de descobrir a vida secreta da sua filha e porque foi morta. A sua investigação leva-o ao perigoso e elusivo mundo das grandes corporações, dos conluios com o governo e do crime. E a um sombrio operacional do governo, Darius Jedburgh (Ray Winstone), que foi mandado para apagar as pistas. A solitária busca de respostas de Craven em relação à morte da filha transforma-se numa odisseia de descoberta emocional e de redenção.
Vamos já por tudo em pratos limpos! Edge of Darkness vai directamente para a secção "filmes do c****", tem um Mel Gibson em regime de abstinência dos Épicos que tem realizado e que regressa aqui ao papel de actor num filme de Martin Campbell (Casino Royale), demonstrando uma sobriedade e contenção extremamente competentes.
Campbell presenteia-nos com um thriller, com soslaios de film noir e uma estética típica do Polar (género cinematográfico francês, que surgiu a seguir á corrente novelle vague, e que retrata maioritáriamente histórias de policias). E caros leitores este filme é um prato cheio de suspense e acção doseadamente pura e dura, sem piroetas e ballet, e que recria a série de tv britânica homónima.
Sem mais palavreado, nós aqui no palhacinho adoramos Edge of Darkness, por ser um thriller á margem do que é feito em Hollywood, por ser um filme rodado nos States com dinheirinho europeu (kudos á BBC Films) e por assumir uma estética thrilleira que muito presamos, onde o tempo toma o seu tempo (redundância estúpida, mas eficaz!). Imperdível!