segunda-feira, outubro 11, 2010

The Disappearance of Alice Creed (2010)

The Disappearance of Alice Creed apanhou o universo do cinema britânico completamente desprevenido, não só pelo brilhantismo do argumento e uma inspiradíssima direcção de actores, mas sobretudo por uma actriz chamada Gemma Arterton. Curiosamente Gemma inicia a sua carreira como bond girl em Quantum Solace e recentemente passou por Prince Of Persia e Clash of The Titans, mas é sem dúvida em Alice Creed que ela demonstra excelentes potencialidades dramáticas.
O filme conta a história de um rapto, passando-se todo o desenrolar de acontecimentos entre quatro paredes, num ambiente opressivo, cláustrofóbico e ameaçador, sendo a sequência inicial do filme a dar a tonalidade e pondo logo as cartas em cima da mesa para que não haja dúvidas do que nos espera ao longo de hora e meia. Dois homens numa loja compram corda, pás, material de construção, de seguida somos empurrados para uma casa onde abunda a luz, mas que rapidamente começa a desvanecer á medida que os dois homens tapam janelas e forram as paredes com material isolante. A casa transform-se perante os nossos olhos num bunker, onde não há janelas e as portas estão "forradas" a cadeados e ferrolhos. Uma mulher é raptada, posta dentro de uma carrinha e levada para a dita casa, onde é amarrada a uma cama para logo de seguida os dois homens lhe cortarem e tirarem toda a ropa que trás vestida. A mulher agora despida é fotografada com um jornal, é amordaçada e deixada assim em cima da cama.
Caros Leitores é aqui que vos dizemos: "Endireitem as cadeiras e apertem os cintos de segurança" porque estamos perante um twist de argumento em cada esquina, onde este é sobretudo um filme de aparências e o final....ah! o final é qualquer coisa de sublime! Estamos a ver a história de uma mulher que é raptada ou outra coisa?
É sem dúvida uma das grandes surpresas do ano, um filme que muito provavelmente nunca irá estrear nas nossas salas de cinema e irá directamente para mercado de dvd (se é que já não foi).