quinta-feira, novembro 29, 2007

Indiana

É oficial. A estreia de Indiana Jones and The Kingdom of The Crystal Skull será na última segunda feira de Maio de 2008. Steven Spielberg e George Lucas guardam a história escrita por David Koepp (Panic Room, Spiderman e War of The Worlds) a sete chaves, daquele que será o último filme da série, com Harrisson Ford é claro. Aqui para nós isto poderá ser uma passagem de testemunho para um Indy mais jovem na personagem de Shia LaBeouf.

quarta-feira, novembro 28, 2007

Superstar do Demo

Desta vez não vos vimos falar de cinema, mas sim de um musical encenado por Filipe La Féria! O quê? O palhacinho encharcou-se em drogas! Do Filipe La Féria? Isso é quase a mesma coisa de tu palhacinho passares o dia a ver o Titanic e a ouvir a Celine Dion! Não sejam Judas caros leitores. E sim! O nosso ódio de estimação por La Féria contínua na mesma, mas devemos dizer-vos que esta encenação do musical de Andrew LLoyd Webber (Fantasma da Ópera) e Tim Rice é magnífica.
Jesus Cristo Superstar por mais ideologias que possamos aqui defender, por mais defeitos que possamos aqui apontar ao La Féria, foi um musical verdadeiramente surpreendente! Merece deste modo os nossos sinceros aplausos pelo jogo de iluminação, cenografía, vestuário, e sobretudo pelos actores/cantores que possuíam uma voz impressionante em especial Pedro Bargado (Judas). Definitivamente o Judas deu um grande baile ao J.C. a nível de performance em palco.
O espectáculo há mais de quatro meses esgotava diariamente a lotação do Teatro Rivoli do Porto, atingindo mais de 130 mil espectadores, tendo estreado este Sábado, dia 24 de Novembro, no Teatro Politeama.
Isto foi na realidade um guilty pleasure, porque a música de Webber é excelente, mas não será só com este espectáculo que mudaremos a nossa opinião acerca de La Féria (Arghhh!). Sejamos honestos.

segunda-feira, novembro 26, 2007

sexta-feira, novembro 23, 2007

As Três Mães de Argento

Em 1977 o realizador de cinema italiano Dario Argento estreava aquela que ainda hoje é considerada a sua obra prima - Suspiria. O filme de Argento marcou a história do cinema italiano, foi dos primeiros do autor a ter estreia nos E.U.A., e com grande recepção da crítica. A obra é nada mais que um conto de fadas para adultos, inspirado nas cores do technicolor, Argento recria um ambiente devedor a Alice no País das Maravilhas. As cores no filme desempenham um aspecto fundamental, onde abundam as cores primárias e um design de sonho, fortemente inspirado no movimento art noveau.
Sensivelmente 3 anos mais tarde estreia Inferno (1980), que seria a continuação de Suspiria e da saga das três mães. Com Suspiria tivemos o reinado de Mater Suspiriorum e Inferno conta-nos a história de Mater Tenebrarum.
Vinte anos depois de Inferno, Dario Argento conclui a sua trilogia iniciada com Suspiria há exactamente 30 anos atrás. La Terza Madre (2007) é a conclusão da saga e podemos adiantar-vos que é um filme de Argento como não víamos há muito...muito...tempo! Ha! E já vos dissemos que este último tomo da trilogia é com a filha do realizador Asia Argento?....Se calha é melhor dizer que este último filme da trilogia é com a filha do realizador Asia Argento?....Á terceira não esquecem que este último é com a filha do realizador Asia Argento!!! Assim estamos conversados.

quarta-feira, novembro 21, 2007

Ainda a Fotografia a Preto e Branco

Audrey Hepburn e Truman Capote são dois nomes que poderiam ser considerados simétricos. O charme e delicadeza de uma, confrontada com o modernismo e a realidade crua cheia de adjetivos do outro, indicavam que uma combinação dos dois nomes era algo simplesmente impossível de acontecer. Em 1961, o realizador Blake Edwards conseguiu a proeza de adaptar uma história do ousado escritor de personagens complexos e de morais duvidosas com a delicada Hepburn como protagonista de uma obra cinematográfica. O resultado é pesado, bonito e delicado.
A história tem a sua génese em Holly Golightly (A.Hepburn), uma jovem e linda mulher de Nova York que está decidida a mudar a sua vida casando com um milionário. Só que a sua vida muda radicalmente quando conhece Fred (George Peppard), um escritor frustrado que vive sustentado pela amante, e que vai confrontar Holly com ela mesma e com os seus objectivos de vida.O grande mérito de Edwards reside na concepção de um romance urbano, simultâneamente clássico e belo. Por vários momentos, dada a construção do luxo imaginário da personagem de Hepburn, somos presenteados com uma direcção de arte deslumbrante, que se confunde com a negritude da realidade de Nova York. Por outro lado, é óbvio que a personagem de Hepburn é a de uma prostituta de luxo, mas isso só nos é dado a perceber nas entre linhas de forma muito delicada, ao que ajuda o facto desta ser caracterizada como uma mulher extremamente dócil e sonhadora. Nunca vemos maldade no seu projecto de vida, pelo contrário, simpatizamos imediatamente com o porquê dos seus sonhos.

terça-feira, novembro 20, 2007

Esperteza Saloia


"Aconteceram-me duas coisas curiosas ao ir ver ontem o Beowulf ao Alvaláxia. Um foi aperceber-me que Angelina Jolie aparece muito pouco (e o filme tem quase duas horas!), apesar da gigantesca operação de marketing ter sido montada toda à volta da participação dela. É apenas uma constatação, não uma crítica: quando fui à procura de uma fotografia para este comentário, o meu instinto também me levou directamente a Mrs. Pitt.
O segundo fenómeno intriga-me mais. Curioso como os anúncios publicados nos jornais mencionavam com grande pompa a estreia 3-D em 15 salas, mas omitiam que os bilhetes para usufruir desse luxo vão ser ainda mais caros. Pediram-me mais € 1,5 para os óculos que permitiam ver o Beowulf em todo o seu esplendor.Confesso que não achei grande piada ao extra que elevava o bilhete para uns cosmopolitas 7 euros, dignos de Londres e outras capitais europeias.Mas o melhor estava reservado para o fim: à saída da sala estava um cartaz a pedir para deixar os óculos no respectivo caixote. Afinal, estamos só a alugá-los. Com a tarifa a ser 25% do preço normal de um bilhete de cinema, quantas pessoas vão fingir que os estão a comprar?"

Uma Fotografia a Preto e Branco

Há imagens que ficaram na história do cinema. Há fotografias que se encontram penduradas na casa de alguns de nós. E por último há imagens que para sempre ficaram gravadas nas nossas mentes. Para os cinéfilos a imagem de Audrey Hepburn a tomar o seu pequeno almoço, frente á vitrina da joalheria Tiffany's em Nova York, é um fotograma de antologia da história do cinema. Depois há aqueles que andam a deambular pelas lojas e deparam-se com uma fotografia a preto e branco, de uma mulher de óculos escuros, e decidem pendurá-la na parede só porque é cool e fínissimo, para mostrar aos amigos quando lá forem a casa. Por último há aqueles que quando eram mais novos, ansiavam pelo filme de piratas de domingo á tarde, e depois de tanto esperar levaram com uma comédia romântica, que até nem queriam ver, mas que lá a gramaram na ausência de outras hipóteses. E que surpresa tiveram!O filme ficou-nos alojado nos corações para sempre, pela simplicidade da história e pela beleza da protagonista. Durante anos esquecemos que o tinhamos visto, de vez em quando lá víamos a fotografia a preto e branco por tudo o que era loja de decoração, sabiamos que era de um filme, mas nunca associamos com as tardes de domingo da nossa infância. Até que lá decidimos investigar que Breakfast at Tiffany's era este, que raio de pequeno almoço se pode tomar numa joalharia! Lá fomos nós para o Youtube, lá digitamos nós "Breakfast at Tiffany's" e decidimos ver o início do filme para ver se já o tinhamos visto. Foi emocionante, assim que a banda sonora entrou, lembramo-nos de tudo acerca do filme baseado no livro de Truman Capote. Lembramo-nos da lágrima vertida no final da fita, que é sem dúvida uma das mais belas comédias românticas de todo o sempre.
Quem ostenta uma destas fotos em sua casa e não viu o filme.....bem não vamos dizer o que lhe fariamos.

sexta-feira, novembro 16, 2007

(Ainda) Quem é Mario Bava?

No seguimento do post anteriour, e para os cinéfilos interessados em conhecer um pouco melhor o génio Bava, o palhacinho deixa-vos um documentário sobre o mestre, com a participação dos mais ilustres admiradores do cineasta, tais como Tim Burton e Joe Dante.

terça-feira, novembro 13, 2007

Quem é Mario Bava?

Mario Bava nasceu em Itália, na cidade de Roma a 1914. O seu pai, Eugénio Bava, foi director de fotografia e um dos fundadores da indústria cinematográfica italiana, sendo ele um dos responsáveis pela carreira do filho. Bava desde muito cedo revelou um talento incomensurável para a pintura, a qual estudou, tendo vindo a licenciar-se em artes plásticas. No entano, a sua paixão pela profissão do seu pai, viria a acabar muito cedo com a sua carreira nas artes plásticas.
O jovem Bava segue então o pai para tudo o que é rodagem, investe na aprendizagem da composição visual das imagens em cinema, e assume uma carreira de director de fotografia até 1960. A reputação de Bava por esta altura, era a de um génio em efeitos ópticos e especiais, tendo sido recrutado pelo mais variado naipe de realizadores tais como: Paolo Heusch, Riccardo Freda, Jacques Tourneur e Raoul Walsh.È neste preciso momento da sua carreira, que ao trabalhar com o realizador do filme I Vampiri (1956), este zanga-se com o produtor, a cadeira de realizador fica vaga e Bava assume a execução da maior parte do filme e sua conclusão. Nos filmes de Mario Bava há quase sempre uma trama labiríntica por onde os seus personagens precisam tentar guiar-se, quase sempre uma conspiração, um mistério desconhecido que os vai levando um a um. Há sempre um personagem que é o grande manipulador, e Bava nunca esconde que o maior de todos eles é o próprio cineasta, guiando os seus personagens e público a um fim que lhe parece inevitável. Este posicionamento de cima sobre o que é narrado é algo que Bava herdou do cinema clássico (vale lembrar que enquanto os investigadores de Dario Argento são quase sempre apenas curiosos, os protagonistas de Bava estão presos a inevitáveis intrigas familiares). O que diferencia M.B. deste cinema é uma necessidade de tematizar esta herança, de colocar o seu próprio cinema em questão, mas ao mesmo tempo manter-se fiel a ele, pois não há aqui aquele revisionismo onde o realizador constrói um distanciamento irónico a fim de desmascarar os clichés do gênero. Mario Bava foi um cineasta, director de fotografia e autor impar no cinema pulp italiano, especialista em criar atmosferas verdadeiramente fantásticas e com muito poucos recursos, vejamos Terrore Nello Spazio, Diabolik, Tre Volti Della Paura, Maschera Del Demonio e o seminal Sei Donne per l'Assassino.

segunda-feira, novembro 12, 2007

De Niro vs Pacino

Doze anos após o encontro de titãs, que punha frente a frente Robert De Niro e Al Pacino em Heat, eis que John Avnet volta a juntar os dois actores em Righteous Kill. O argumento ficou a cargo de Russell Gerwitz, resposável por Inside Man de Spike Lee, e conta a história de dois policias (De Niro e Pacino) ás voltas com mais um serial killer. O elenco irá contar com Brian Dennehy, Carla Gugino, 50 Cent e John Leguizamo.
Aqui fica uma das primeiras imagens secretas da rodagem.

sexta-feira, novembro 09, 2007

The Talking Cure

Ora aí está uma notícia que nos orgulha dar aos nossos leitores. Não é todos os dias que sabemos, por portas travessas, que está em fase de preparação um filme sobre os pais da Psicanálise - Carl Jung e Sigmund Freud. Adaptado da peça de Christopher Hampton - The Talking Cure - o filme irá contar com as interpretações de Ralph Fiennes (que participou em Spider, de Cronenberg) como Carl Jung, sendo um projecto pessoal do realizador David Cronenberg e com a produção de Jeremy Thomas (Crash). O que para nós é ouro sobre azul!

terça-feira, novembro 06, 2007

Shia - Arrested - LaBeouf

Shia LaBeouf tornou-se a mais recente celebridade a ter direito à sua mug shot, depois de ter sido preso na madrugada deste domingo. Parece que um segurança de uma farmácia em Chicago lhe pediu para sair quando percebeu que estava com uns copos a mais. Como ele recusou, chamou a polícia. O resultado foi a mais feliz fotografia do género. O que eu penso do assunto não interessa nada. A opinião de Spielberg já é outra história...

in Dias de Criswell

segunda-feira, novembro 05, 2007

Arrufo de Comadres

Em 1996 David Cronenberg estreia Crash, um filme que dividiu a crítica e as opiniões do público em geral, amado por uns e fortemente odiado por outros. Oito anos mais tarde, em 2004, estreia um outro filme realizado por Paul Haggis chamado...tchã tchã tchã tchã! Crash aka Colisão. Não há quaisquer dúvidas quanto ás "semelhanças" do nome, entre ambas as obras. Ora quando perguntaram a Cronenberg, numa entrevista a uma revista da especialidade, o que chava ele da similitude dos nomes, eis o que ele respondeu:

"I’ve told Paul Haggis that he was an asshole basically for doing that. [Laughs.] And so have many other people. It’s very disrespectful, not only to me, but to J.G. Ballard, who wrote the book Crash in 1973. It’s considered a dark classic. And I made my movie [in 1996] based on his book in a very respectful way. Haggis just co-opted the title, and he knew what he was doing".
Nós achamos que os compadres de profissão, talvez não se tenham ficado a dar muito bem, após estas declarações. Ou será só impressão dos palhacinhos?