
Sejamos honestos, pois onde Casshern abusava no esquema operático, denso e trágico da história, em Goemon a história é igualmente densa, mas sobejamente mais light. O filme acenta igualmente numa esquemática retrofuturista, apesar de ser um filme de época, facto que fora algo de fresco aquando da estreia do seu irmão Casshern.
Os trunfos de Kazuaki Kiriya são o passado de fotografo na área da moda ao serviço de nomes famosos como Alexander Mcqueen, Bjork e Jean Paul Gaultier, a capacidade de fazer muito com "não muito dinheiro" (apesar de Goemon ter custado os olhitos da cara) ao estilo de Mario Bava e a sua capacidade visionária estética.
Os filmes de Kazuaki Kiriya são sobretudo obras de arte estéticas, autênticos assaltos aos sentidos, onde a música ocupa um papel fulcral, conferindo coesão operática ás obras. Estamos sobretudo perante obras visualmente assombrosas, em que cada um dos frames são impressionantes quadros impressionistas. Recomenda-se absolutamente sem restrições, com o som bem alto e de olhos bem abertos para não perderem nenhuma imagem!
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