Black Dynamite de Scott Sanders foi "A" surpresa do cinema independente do ano. E com isto poderiamos fechar já aqui o post e não escrever nem mais uma linha, mas o nosso apreço por ele é de tal forma desmesurado que não resistimos a vos bombardear com mais algumas linhas de erros ortográficos.
Quem diria que o canastrão, perdão actor, Michael Jai White teria o génio de criar um dos mais emblemáticos heróis negros dos últimos anos, quem díria que escreveu o argumento do filme e que interpreta na prefeição o herói deste Blaxploitation destravado e com sentido de estética a la 70's apuradíssimo. Pois é, Black Dynamite é uma espécie de homage ao cinema de género dos anos 70, que usava maioritariamente um elenco de etnia negra e que mais tarde se viria a chamar blaxploitation, filmes como The Avenging Disco Godfather (este nome é por si só uma obra prima), Superfly e Shaft marcaram uma génação de herois negros, que ultimamente andavam desaparecidos do ecrã. Com Black Dynamite temos um personagem ex-agente da CIA, perito em Kung Fu, de uma força bruta, politicamente incorrecto, ora vejam como ele espanca sem piedade uma sexagenária mãe de um informador, ou seja é de doer a barriga de tanto rir.
Outro dos aspectos extraordinários deste filme é a fotografia, a emular a imagem gritty do género cinematográfico, a prodigiosa banda sonora e a recolha que fizeram de música soul para utilizar no filme e que a todo o momento transmite o estado de espirito do personagem; ora vejam a cena do funeral em que se ouve num soul arrastado a letra dizer "mataram o mê irmão e agora o meu sentimento de raiva cresce para a vingança" - excelente.
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