Numa época em que os grandes estudios de Hollywood, e não só, investem milhões de dólares em produções pejadas de efeitos especiais com recurso ao CG, e principalmente, num período onde a esmagadora maioria dos frequentadores dos cinemas são jovens e adolescentes acostumados às imagens e ritmos frenéticos popularizados através da “geração MTV”, parece cada vez mais difícil um filme atravessar décadas e ainda ser considerado um clássico referencial, com potencial jamais superado dentro do seu respectivo género. Dentro desse selecto grupo de pérolas, no topo da lista estará certamente Um Lobisomem Americano em Londres, dirigido por John Landis em 1981.
O filme tem inicio com o genérico de abertura, intercalado pelas imagens das desoladas e inóspitas paisagens do interior da Inglaterra, ao som de “Blue Moon” interpretado magistralmente por Sam Cooke. A noite cai e a negritude do céu não promete nada de bom, quando então vemos uma carrinha de caixa aberta, repleta de ovelhas, parar num cruzamento. Do meio das ovelhas saem David Kessler (David Naughton) e Jack Goodman (Griffin Dunne), dois amigos norte-americanos que estão passeando pela Europa. O motorista da carrinha indica-lhes o caminho até á vila mais próxima, e adverte-lhes para que “evitem os pantanos e fiquem na estrada” (hello! Capuchinho Vermelho written all over it). Os dois jovens seguem caminhando e conversando descontraidamente, hora reclamando do frio, hora motivados com as expectativas da viagem. Sendo nesses momentos iniciais que se percebe a perfeita química entre os dois jovens actores, que de certa forma quase convencem o espectador de que eles são realmente grandes amigos e que se conhecem desde infância. Essa empatia entre o público e os personagens é fundamental para que as cenas posteriores causem o devido impacto a que se propõem.
Paralelamente ao enfoque dado ao suspense e terror, o filme também dá introduz de forma extremamente inteligente o humor, que a partir daqui passou a ser um elemento incorporado em quase todos os filmes de terror desenvolvidos ao longo da década de 1980. Mas quando se fala em humor, é preciso que se tenha a noção de que se trata de um humor subtil e ocasional, e não de algo forçado e que inevitavelmente descamba para a escatologia. Recomenda-se á fartazana.
O filme tem inicio com o genérico de abertura, intercalado pelas imagens das desoladas e inóspitas paisagens do interior da Inglaterra, ao som de “Blue Moon” interpretado magistralmente por Sam Cooke. A noite cai e a negritude do céu não promete nada de bom, quando então vemos uma carrinha de caixa aberta, repleta de ovelhas, parar num cruzamento. Do meio das ovelhas saem David Kessler (David Naughton) e Jack Goodman (Griffin Dunne), dois amigos norte-americanos que estão passeando pela Europa. O motorista da carrinha indica-lhes o caminho até á vila mais próxima, e adverte-lhes para que “evitem os pantanos e fiquem na estrada” (hello! Capuchinho Vermelho written all over it). Os dois jovens seguem caminhando e conversando descontraidamente, hora reclamando do frio, hora motivados com as expectativas da viagem. Sendo nesses momentos iniciais que se percebe a perfeita química entre os dois jovens actores, que de certa forma quase convencem o espectador de que eles são realmente grandes amigos e que se conhecem desde infância. Essa empatia entre o público e os personagens é fundamental para que as cenas posteriores causem o devido impacto a que se propõem.
Paralelamente ao enfoque dado ao suspense e terror, o filme também dá introduz de forma extremamente inteligente o humor, que a partir daqui passou a ser um elemento incorporado em quase todos os filmes de terror desenvolvidos ao longo da década de 1980. Mas quando se fala em humor, é preciso que se tenha a noção de que se trata de um humor subtil e ocasional, e não de algo forçado e que inevitavelmente descamba para a escatologia. Recomenda-se á fartazana.