O realizador Feng Xiaogang estruturou a história de A World Without Thieves de forma magistral, revelando uma construção subtil de tensões entre os diversos personagens até á sua conclusão. Estamos perante uma narrativa que se debruça sobre a ilusão e a manipulação do outro e do mundo, conduzindo o espectador ao engano (metáfora, já que estamos perante um filme sobre "o ser enganado") e induzindo-lhe um sentido falso da segurança antes de introduzir voltes de face.
A World Wihtou Thieves emprega as várias qualidades que trazem à vida o mais mainstream dos filmes. Apresentando uma história simples, uma fotografia impressionante e estilizada sem nunca entrar pelo caminho do "MTV-style". O argumentista e realizador Xiaogang tem a receita perfeita para um blockbuster comercial, mas simultaneamente fornece de forma graciosa uma abundância de detalhes bonitos e significativos dignos de uma produção mais arty e independente.
A World Wihtou Thieves emprega as várias qualidades que trazem à vida o mais mainstream dos filmes. Apresentando uma história simples, uma fotografia impressionante e estilizada sem nunca entrar pelo caminho do "MTV-style". O argumentista e realizador Xiaogang tem a receita perfeita para um blockbuster comercial, mas simultaneamente fornece de forma graciosa uma abundância de detalhes bonitos e significativos dignos de uma produção mais arty e independente.
E se falamos de um filme sobre ladrões, Xiaogang fornece uma palete diversa de personalidades em que cada ladrão é excepcionalmente diferente e especial. O diálogo é immensamente poético, com os diálogos dos ladrões a assumirem metáforas constantes (por isso é preciso estarem atentos).
A World Without Thieves surge como uma excelente oportunidade para conhecer o mundo do cinema chinês do mainland. Tem tudo o que um blockbuster é suposto ter, mas com uma profundidade adicionada pouco comum ao género e mérito artístico para os cinéfilos mais exigentes.
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