domingo, agosto 17, 2008

Feios Porcos e Maus

Giacinto é o patriarca de uma família de cerca de 20 pessoas, vivendo todas na mesma barraca de um dos bairros de lata de Roma. Despótico, alcoólico e obcecado com o sexo, a grande preocupação de Giacinto é proteger o seu milhão de liras, a indemnização que lhe foi dada pela perda de um olho, da cobiça dos seus familiares, que tudo vão fazer, mesmo envenenar-lhe o spaghetti, para meter as mãos no dinheiro. Uma muito negra comédia grotesca em que ninguém é inocente. Um comentário político muito ousado sobre a decadência da sociedade ocidental. Uma prestação memorável de Nino Manfredi.

Giacinto Mazzatella (Nino Manfredi), um ex-operário que recebeu um milhão de liras de indemnização após ter perdido um olho num acidente de trabalho, mora com a esposa, os dez filhos e vários parentes, numa barraca de um bairro degradado da periferia de Roma. Movido pelo egoísmo e pela avareza, esconde o dinheiro que recebeu do seguro e, com medo que alguém o roube, dorme abraçado a uma caçadeira obrigando os outros (mais de 20) a comer, dormir e fazer sexo na mesma divisão da barraca. A situação complica-se quando Giacinto leva para “casa” uma prostituta e começa a gastar o dinheiro comprando-lhe presentes. Os Neo-realismo, sarcasmo, sátira trágico-cómica, com ritmos cruelmente grotescos, “Feios, Porcos e Maus” releva as condições degradantes da vida humana num retrato ímpar da miséria, egoísmo, mentira, promiscuidade, traição, incesto e violência. Selecção Oficial Festival Cannes 1976 vencedor Melhor Realização

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