terça-feira, agosto 19, 2008

O Livro Da Morte

A adaptação do mais famoso Manga para cinema, bateu todos os recordes em 2006. As filas para comprar os bilhetes para a estreia chegaram a ser de Km, e os nossos amigos nipónicos tiveram todas as razões para o fazerem. Death Note parte I & II foi o mind fuck de 2006, é visceralmente viciante e só ficamos saciados quando vemos o último frame.

Com base nas histórias de banda desenhada da autoria de Ohba Tsugumi e Obata Takeshi, publicadas em fascículos e compiladas em 12 volumes, a adaptação de «Death Note» (em inglês, no original), foi planeada desde o inicio para serem dois filmes, que viriam a estrear com alguns meses de diferença, em 2006. O primeiro chegou às salas em Junho e destronou «The Da Vince Code» do Nº 1 das bilheteiras, mantendo essa posição durante duas semanas; «Death Note 2: The Last Name» estreou em Novembro e foi Nº 1 por quatro semanas consecutivas.

O surpreendente sucesso dos filmes, que viriam a render 8 mil milhões de ienes nas bilheteiras japonesas levou a que depressa fosse anunciada a produção de um spin off, com base na personagem de L. Nakata Hideo, que tem estado nos EUA a traduzir horror japonês para as audiências americanas, foi chamada para dirigir. Os dois filmes foram editados em DVD no Japão com um número recorde de um milhão de cópias a ser lançado inicialmente no mercado.

A acção do segundo filme inicia-se imediatamente após os acontecimentos do final do primeiro, seguindo-se a uma breve montagem destinada a avivar a memória do espectador. Os filmes foram planeados como uma única unidade narrativa, pelo que optei por tratá-los desse modo. Se tiverem a oportunidade – e quatro horas e meia disponíveis –, recomenda-se uma sessão dupla.
O melhor de «Death Note» decorre do entusiasmo com que os cineastas exploram as regras do jogo, tornando a intriga cada vez mais complexa, mas também mais interessante. O entusiasmo é partilhado pelo espectador que se deixar prender pela premissa.

Sem comentários: