domingo, maio 25, 2008

James Bond Alternativo

Desta vez regressamos ao baú do palhacinho e fomos buscar um filme da série James Bond, mas que ao mesmo tempo também não é! Mau! É ou não é um 007? É e não é! Mau! Então foi mais ou menos assim, O filme Never say Never Again (1983) não faz parte da série oficial de filmes de James Bond, inclusivé se repararem em nenhum poster do filme existe uma única alusão ao chavão "007", isto porque não puderam utilizar o mesmo. O senhor Kevin McClory, que produziu e é o co-autor de Thunderball ganhou em tribunal o direito de produzir um filme com o personagem James Bond, desde que o filme fosse feito depois de 1975. Este filme é uma nova versão de 007 Thunderball e era para ter o titulo Warhead. O titulo final é uma brincadeira com o actor principal Sean Connery, que teria jurado que nunca mais iria fazer outro filme de James Bond.
E foi assim que no mesmo ano em que estreou 007 Octopussy com Roger Moore, Sean Connery volta a encarnar o personagem de Bond, com muitos mais cabelos brancos e barriga, e com umas bond girls muito sui generis - Kim Basinger e Barbara Carrera. Delicioso!

sexta-feira, maio 23, 2008

Trasssshhhhhhhhhh

Bem! Por onde é que vamos começar? Avisa-mos desde já que não vamos perder muito tempo com este assunto...mas sim é verdade! Houve um camarada armado em autor, de nome Vern, que decidiu escrever um livro sobre, e passo a citar "a study of the ass-kickinf films of Steven Seagal" - não vamos comentar mais, mas iremos só simplesmente voltar a citar - "A" study. Ora toma lá pipocas não é um livro qualquer, mas sim "um estudo". Baaahhhh!

quarta-feira, maio 21, 2008

Livro de Cabeceira

Esta semana vimos falar-vos de um livro! Sim de um livro! Não é de música, nem de cinema, mas sim de um livro! É mais do que sabido que livros sobre cinema, é algo que não abunda nas prateleiras das nossa livrarias, apesar de já ter sido bem pior do que é agora. Mas se quisermos encontrar um livro que relate a história de um cineasta como John Woo? Então boa sorte, porque na nossa lingua mãe o mesmo não existe. Felizmente há internet e algumas livrarias que têm obras importadas.

O livro John Woo Interviews, faz parte de uma colecção da responsabilidade de um editor do New york Time, por onde já passaram diversos realizadores como Stanley Kubrick, Woody Allen, Zhang Yimou, entre outros. É uma obra biográfica, mas também uma recolha quase antológica das mais interessantes entrevistas que Woo já deu até então, onde pela primeira vez fala da sua história familiar (surpreendente e inspiradora), da sua infância difícil e sobretudo dos seus filmes anteriores á sua ida para a meca do cinema.

É uma obra para fãs, para interessados e para todos os que pensam erroneamente que o Sr. glorifica a violência com muita panache nos seus filmes.

sexta-feira, maio 16, 2008

2009: O Ano da Revolução (parte 2)

Godard disse uma verdade: o cinema é uma mentira a 24 frames por segundo. É tudo ilusão, e o prémio vai para quem faz essa ilusão parecer mais real e envolvente. Quando assistimos a uma cena em 3-D, o senso de realismo é sobrecarregado. Todos os filmes que eu fiz antes teriam beneficiado completamente de um visionamento 3-D. Então, criativamente, eu vejo o formato como uma evolução natural para a minha obra.
Em Avatar não estou a filmar de forma diferente, a compor enquadramentos diferentes só porque é 3-D. O meu estilo é o mesmo. Na verdade, depois das primeiras semanas de flmagens, parei de olhar para os takes em 3-D enquanto trabalhava, ainda que as cameras digitais me permitam ver em tempo real as imagens tridimensionais.
Avatar já está a começar a parecer um filme de facto. Estou em extase com o visual e com os desempenhos. A química entre o elenco foi perfeita. Ainda temos algumas capturas de movimento para fazer com Sam Worthington e Zoe Saldana em Março. E temos um par de dias com Stephen Lang em Abril ou Maio para filmar a última cena do personagem dele, que é tão difícil tecnicamente que até lá, ainda precisamos de arranjar uma forma de o fazer. Este filme tem um espírito especial, porque sabemos que estamos a fazer algo inovador. É por isso que toda a gente continua a trabalhar animadamente, mesmo depois de trabalhar neste filme há mais de dois anos. Ainda temos mais um ano e meio pela frente.

Não sei se será um filme bom, óptimo ou medíocre, mas posso dizer com absoluta certeza que o espectador verá coisas que nunca imaginou poder ser possível na vida.

James Cameron

sábado, maio 10, 2008

O Fim Do Mundeee em Grande

Em virtude de nos terem informado que o nosso blog estaria a investir numa vertente retro, que de acordo com as fontes é um elogio, decidimos hoje trocar-vos as voltas e escrever sobre um filme fresquinho...fresquinho!
Doomsday de Neil Marshall, realizador britânico que tem vindo a ser o porta estandarte da nova vaga de cinema de horror brit, é uma deliciosa montanha russa de emoção. Depois de nos ter brindado com a surpresa que foi Dog Soldiers e com o seu penúltimo filme, o fabuloso The Descent, Marshall traz-nos uma obra pejada de referências que vão desde New York 1977 , Mad Max, 28 Days Later, etc. Bem referências não! O filme é um exercício de plágios assumidos sem complexos, e funciona de forma absoluta e brutalmente perfeita.É sem dúvida nenhuma o filme mais treslocado, alucinado e politicamente incorrecto que vão ver este ano, perversamente divertido, vai agarrar-vos do ínicio ao fim sem vos deixar espaço algum para respirar. Neil Marshall é o novo John Carpenter, e tem sido o realizador de filmes do género mais coerente e surpreendente nos dias que correm. O palhaço pede-vos encarecidamente que deixem o cérebro á porta, as pipocas também podem ficar á porta (depois vão perceber, não vos queremos estragar a surpresa), e preparem-se para "O" blockbuster deste verão.

O trailer: aqui

segunda-feira, maio 05, 2008

O Verdadeiro Grindhouse

Depois da estreia do double feature Grindhouse aka Death Proof & Planet Terror, estamos actualmente a viver o revivalismo do género, o que muito nos agrada. No entanto devemos reconhecer que o espirito grindhouse, trazido para a tela por Tarantino e Rodriguez, era fruto de um considerável investimento monetário de um estúdio, o que por si só é uma contradição, uma vez que era caracteristica fundamental para este tipo de cinema o baixo orçamento, ou mesmo a total ausência do mesmo. Este filmes eram feitos para render dinheiro, eram feitos por tuta e meia, com actores de recursos limitados, tinham por detrás investidores particulares, e o objectivo final era pelo menos reaver o dinheiro investido. Para isso era necessário levar publico aos drive inns! Para que tal acontecesse dava-se aquilo que a maioria queria ver - sangue & sexo - o argumento era secundário e logo se via com o andar da carruagem.

Pois bem, no verdadeiro espírito grindhouse e cinema de drive in, chega-nos o fabuloso The Machine Girl, filme de baixo orçamento, mas com muita imaginação. É uma típica história de vingança, com os elementos habituais, mas com uma forte dose de humor negro, imaginação gore-ifica (se é que isso existe? Epa! depois de vermos isto...existe acreditem). Por aqui vão encontrar de tudo um pouco: guilhotinas voadoras, lutas de moto-serra, com especial mensão a um soutien mortífero. Ah! E a história resume-se a uma jovem que fica sem um braço e no lugar deste metem-lhe uma metrelhadora para ela se vingar dos mauzões...mas o que é que a história interessa na realidade?

O sentido de estética é apurado, a acção bastante bem encenada, o ritmo do filme é alucinante, por isso preparem-se para o filme trash-xunga do ano. Tarantino cuida-te!

O Fantástico Trailer: aqui