segunda-feira, janeiro 26, 2009

Goemon


A estreia de Goemon está já aí á porta (no Japão claro está!). O realizador Kazuaki Kiriya, que teve a sua estreia com o fabuloso Casshern é o capitão do barco, e pelo que podemos ver pelo trailer o imaginário visual de marca do autor está de novo bem patente.

domingo, janeiro 11, 2009

Mais do Melhor de 2008

É sem dúvida a segunda bomba-atómica-cinematográfica-asiática do ano de 2008, depois de Red Cliff do mestre John Woo.

The Good, The Bad and The Weird é um dos fortes candidatos aos prémios do fantasporto 2009, e é nem mais nem menos do que um Western Koreano. Tem duas grandes estrelas, um realizador de peso (Tale of Two Sisters) e é a maior montanha russa de boa disposição que podem ver este ano.

sábado, janeiro 10, 2009

Maravilhoso

Se justiça for feita, Gran Torino será nomeado para os Oscares na categoria de melhor filme de 2008, Clint Eastwood será nomeado para melhor actor; e arrebatará os dois prémios! E que não fiquem margem para dúvidas, estamos perante o estado de graça de Eastwood, e a sua melhor obra em anos.
No ano em que estreia duas obras de uma acentada só, como já vem sendo hábito, o realizador presenteou-nos este ano com Changeling e Gran Torino. Em Changeling estamos perante uma grande produção, com nomes sonantes da meca do cinema. Em Gran Torino temos um pequeno, grnade filme, que vai impressionar mais, mas bastante mais que o seu irmão.
Desde há muito que as obras de Eastwood se tornaram sinónimo de qualidade, mas com esta obra, estamos a falar de cinema de autor numa outra dimensão completamente diferente. Nunca o realizador esteve tão próximo da prefeição, de outros tantos autores que admira como Kurosawa e mesmo Kitano.
Gran Torino é um clássico imediato, mostra a força e porque não pujança dos 79 anos de Eastwood, a provar que continua a ser o realizador mais importante dos EUA.

sexta-feira, janeiro 02, 2009

Entre os fãs de Dario Argento é notório e reconhecido que ele gosta de interpretar as mãos dos serial killers nos seus filmes. Em vários deles, o cineasta coloca-se numa posicção voyorista entre o seu cinema e a relação que o espectador tem com este. Tenebre é o mais metalinguístico dos filmes de Argento e aquele onde esta problemática ganha mais relevo.
Foi o primeiro giallo que Argento viria a fazer desde que o seu Profondo Rosso tinha revitalizado o género em 1975. Pelo meio fez dois filmes, "pequeninos", que simplesmente são duas das suas obras primas, Suspiria e Inferno, que trabalhavam um horror sobrenatural. Este regresso às origens parece ter seguido desta necessidade de colocar-se a si mesmo e a sua filmografia em questão. O resultado é um dos melhores e mais intrigantes filmes do realizador, talvez o que melhor exprima a crença de Argento de que estilo e substância andam juntos. A história é sobre Peter Neal (Anthony Franciosa), um famoso escritor de livros policiais violentos, que viaja a Roma para divulgar seu último "best seller" Tenebrae. Enquanto ele ainda está no avião, um psicopata inicia uma série de assassinatos aparentemente inspirados no seu último livro. O detective responsável pelo caso, Germani (Giuliano Gemma, o único policia simpático dos filmes de Argento), pede ajuda ao escritor, que entre os seus compromissos promocionais começa a receber cartas e telefonemas do assassino.
Diferente de outros filmes de Argento, em Tenebre o personagem principal nunca assume o papel de investigador, uma tarefa que fica a cargo do coadjuvante Germani. Apesar de nitidamente afetado pelos crimes, o escritor tenta ficar à margem dos acontecimentos, seguindo com a série de entrevistas agendadas. Em Tenebre, ao contrário dos outros giallo, o who done it é realmente peça central nos interesses de Argento. O espectador é convidado para tentar resolver o quebra-cabeças apresentado em vez de apenas acompanhar o herói-investigador.
O enredo de Tenebrae é dos mais complexos na obra de Argento em termos de construção. E para o espectador não há uma cena final que o tranquilize . Este é o mais cru e pessimista dos trabalhos de Argento.
Mágnifico exercício de estilo, com um especial cuidado com a estética arquitetónica do filme.