segunda-feira, maio 30, 2005

Innocence

O nosso medo e o nosso orgulho em continuarmos ignorantes e alheios a tudo aquilo que nos torna humanos. È como fixar o sol, uma claridade ofuscante que esconde a verdadeira fonte de energia do saber. Efectivamente, fomos subordinados ás nossas limitações, desde todo o sempre, e não sabemos a hora em que nos libertaremos dessas amarras, e de elevar-mos a nossa consciência para um plano superior.
Referimo-nos a nós próprios como formas de vida inteligentes, por sermos sencientes e capazes de reconhecer-mos a nossa própria existência. Mas o Homem no seu estado actual encontra-se incompleto, apesar de ser detentor dos mecanismos vitais mais básicos, inerentes a todos os organismos vivos: a reprodução e a morte.

A vida auto perpetua-se através da diversidade, e isto inclui a capacidade de auto-sacrifício, se necessário. As células repetem o processo de degeneração e regeneração até que um dia morrem, obliterando todo um conjunto de memórias e informações. Só os genes permanecem, pois a vida depende destes para a manutenção do seu sistema de memória, o que confere ao ser humano a sua individualidade, devido ás suas recordações intangíveis; o que faz com que a memória não possa ser definida mas nos defina como Humanidade. Porquê a repetição continua deste ciclo ? Apenas para sobreviver evitando as fraquezas de um sistema imutável; residindo aqui a razão de sermos tão parecidos uns com os outros, e da existência da nossa psique se assemelhar e espelhar nos nossos pares.

No fundo, quando somos crianças a nossa voz, os nossos sentimentos e pensamentos são os de uma criança; quando nos tornamos homens e mulheres, já não precisamos dos nossos modos infantis e podemos afirmarmo-nos com a nossa voz adulta.

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